segunda-feira, 16 de março de 2009

Emprego e Qualidade de Vida

Num estudo sobre bem-estar e qualidade de vida dos portugueses, realizado pela Universidade da Beira Interior, Miranda do Corvo ocupa um modesto 158.º lugar no Ranking nacional. Cai assim por terra a falsa ideia que o actual executivo do PSD tenta vender de que há muita qualidade de vida em Miranda do Corvo.

Interessa sublinhar que, na avaliação da qualidade de vida, os autores do estudo consideraram factores que abarcam as áreas que influenciam directamente o bem-estar das populações. São disso exemplo a educação, o emprego, as infra-estruturas, o ambiente, o dinamismo económico e o mercado de habitação.

Olhando para o ranking a nível distrital, apenas seis concelhos do interior do distrito de Coimbra se encontram abaixo de Miranda. Por exemplo, os nossos concelhos vizinhos de Lousã (48.º), Condeixa (108.º), Vila Nova de Poiares (115.º) e Penela (149.º) estão todos melhor posicionados que Miranda. Esta é a realidade dos números e não adianta desmentir.

Muito há a fazer para melhorar a qualidade de vida dos mirandenses. Entre outras medidas importantes, há que apostar forte na criação de emprego, disponibilizando às empresas boas e reais condições para se fixarem em Miranda. A actual zona industrial deverá aumentar e evoluir para um Parque Empresarial moderno e inovador onde se possam instalar pequenas e médias empresas ligadas, não só à indústria, mas também ao comércio e aos serviços.

Este não tem sido o caminho seguido nos últimos sete anos. Foi aplicada a derrama, um imposto completamente desajustado à realidade concelhia e aos tempos de crise que vivemos. Ao maior grupo empresarial de Miranda do Corvo não foram dadas condições mínimas para instalar novas empresas no concelho. Mais recentemente, a empresa FRESBEIRA, a que também não foram dadas condições para se instalar em Miranda, iniciou a sua actividade em Vila Nova de Poiares. Estamos a falar de mais de 30 postos de trabalho que Miranda perdeu.


É pena. De que vale defender (e bem) a nossa chanfana, se depois se desprezam as empresas da nossa terra que se vão instalar em Poiares?

MIGUEL BAPTISTA