A Câmara Municipal optou por alterar o esquema de recolha de resíduos sólidos urbanos. Esta medida vem no seguimento dos cortes anunciados nas horas extraordinárias dos funcionários.
Ao deixar de ser feita a recolha de lixo ao fim-de-semana, estamos perante um problema de saúde pública. Todos compreendemos a necessidade de poupar, mas não na prestação de um serviço público essencial e pelo qual todos os mirandenses pagam e bem.
Haverá outras áreas onde poupar e, para resolver o problema, basta uma boa gestão dos recursos humanos. Mas, as "chefias políticas" parecem estar vazias de ideias e cansadas, apesar dos longos períodos de férias.
O Município cada vez mais paraece estar em "auto-gestão" e sem rumo. A Senhora Presidente da Câmara, quando confrontada com esta situação na última reunião, manteve uma atitude de inflexibilidade, achando que nada havia a fazer. Questionou mesmo a vereadora Carla Falcão, que substitui Ana Gouveia, "se estava disposta a pagar as horas extraordinárias do seu bolso."
Outra questão levantada por Carla Falcão prende-se com a distribuição de ecopontos junto às áreas comerciais, a grande quantidade de cartão que tem tendência a ocupar os caixotes de lixo comum, impedindo por vezes a colocação deste nos referidos contentores.
Esta situação origina mesmo uma despesa adicional para o município que paga a recolha de resíduos orgânicos ao peso, para além do prejuízo para o ambiente. A todos estes problemas o executivo se mostrou insensível.