Comunicado da JS Miranda do Corvo
Na edição de Dezembro do Jornal Mirante, em resposta às questões levantadas em local próprio, a Assembleia Municipal, pela Juventude Socialista de Miranda do Corvo, sobre o Rock na Quinta, esta é acusada por alguns supostos membros não identificados do Grupo de Voluntariado, de ter usado a sua acção de sensibilização sobre a venda e consumo de bebidas alcoólicas, realizada no dia 6 de Setembro no referido festival, para fins políticos e, citamos, tal "é de lamentar".
Na edição de Dezembro do Jornal Mirante, em resposta às questões levantadas em local próprio, a Assembleia Municipal, pela Juventude Socialista de Miranda do Corvo, sobre o Rock na Quinta, esta é acusada por alguns supostos membros não identificados do Grupo de Voluntariado, de ter usado a sua acção de sensibilização sobre a venda e consumo de bebidas alcoólicas, realizada no dia 6 de Setembro no referido festival, para fins políticos e, citamos, tal "é de lamentar".
A JS esclarece que é uma organização de jovens, tal como consta dos seus estatutos que nos disponibilizamos a ceder para consulta a quem estiver interessado, precisamente com fins - imagine-se! - políticos.
A JS de Miranda do Corvo é a organização de jovens da Concelhia do Partido Socialista local, dispondo de autonomia organizativa, de orientação política e de acção próprias, no entanto, aproveitamos esta oportunidade para agradecer todo o apoio do Secretariado Concelhio do PS na mencionada iniciativa, na sequência das excelentes relações por que têm pautado os actuais mandatários dos dois órgãos.
Não pudemos, por isso, encarar tal crítica, se não com espanto. Obviamente que todas as acções da JS, como de qualquer outra juventude política, terão fins, mediata ou imediatamente, políticos. Repare-se no absurdo que seria criticar o padeiro por amassar a massa, passe a redundância, com fins de fazer o pão.
Talvez, quem nos crítica não saiba o que é fazer política ou ache que contribuir para a formação, segurança, bem-estar, informação e pugnar pela defesa dos direitos jovens, não seja fazer política.
Nós, pela nossa parte, consideramos que esse é o caminho a seguir, que devemos fazer política protegendo os interesses dos jovens. É o que temos feito, é o que continuaremos a fazer. Nada nos agrada a notícia, ano após ano, que num evento organizado pela Câmara Municipal, jovens menores de 16 anos são assistidos devido ao consumo excessivo de álcool, como mais uma vez sucedeu este ano.
Mais, a JS apenas cumpriu o seu papel e pediu esclarecimentos sobre a organização do festival na Assembleia Municipal, é um direito que lhe assiste, uma vez que está representada por membros seus naquele órgão. Estranho, o incómodo do Conselho Municipal da Juventude, que aproveitou esse facto para atacar a JS, enviando mesmo uma carta a todas as associações de jovens do concelho, criticando a nossa acção e referindo que mentíamos ao dizer que a organização do festival não passava por tal órgão camarário.
Apresentou para isso actas em que houve sugestões de artistas a contratar. Com isto, deu apenas razão às nossas críticas. Sugerir não é organizar. Organizar é tomar decisões. Isso, nunca passou pelo Conselho Municipal da Juventude. Nunca se debateu e decidiu, por exemplo, a melhor forma de impedir o consumo de bebidas alcoólicas por jovens menores de 16 anos.
Caso tivesse sido feito, a JS teria proposto algo tão simples quanto a diferenciação de cores nas pulseiras distribuídas à entrada, o que permitiria aos concessionários dos bares uma rápida identificação dos menores de 16 anos. Isto seria organizar. Tal nunca foi preocupação do Conselho Municipal da Juventude, ao invés mostrou-se solícito quando se tratou de denegrir injustificadamente a imagem da JS. Aqui sim, devem todos os munícipes interrogar-se sobre quais os fins do Conselho Municipal da Juventude.
Talvez o incómodo fosse pela JS questionar o relatório e contas do Rock na Quinta. Quatro meses passados, conseguimos a informação. Pasme-se, caro munícipe, as despesas oficiais do festival ascendem a 55 mil €, 11 mil contos na moeda antiga! Não podemos deixar de nos insurgir contra este facto, foi o que fizemos ainda não tínhamos conhecimento da totalidade dos custos, é o que reforçamos agora que temos os números.
Um festival que não promove as associações do concelho, que não é a celebração da juventude que um verdadeiro Festival da Juventude devia ser. Mal iriam os jovens se a única forma de incentivo, apoio e promoção fossem 3 noites, uma banda e meia-dúzia de DJ's. Poderia pensar-se que o festival teria algum retorno financeiro, pois desenganem-se os optimistas, as receitas foram pouco mais de 11 mil €.
Os gastos poderiam ainda ser justificados por uma atracção de jovens ao concelho com todos os benefícios que isso traria, pois tal também não sucede, o nº oficial de entradas foi de 1612 visitantes nas 3 noites. Recordemos que eram esperados cerca de 10 mil visitantes, como se fazia referência na edição de Setembro do Jornal Mirante. Qual o balanço do (in)sucesso do evento por parte da Câmara? Que análise faz da relação custo/benefício? Nós ajudamos, cada visitante do festival custou à Câmara cerca de 29€, além dos 3,25€ que o próprio despendeu para entrar.
É esta a política de apoio aos jovens, com as consequências acima descritas, que o Executivo Municipal defende? Certamente não é, a que nós, JS, defendemos, como tal não deixaremos de nos insurgir contra os ataques de que somos alvo, enquanto membros da Juventude Socialista de Miranda do Corvo ou enquanto jovens mirandenses. Lutaremos sempre pela nossa consciência crítica própria, na defesa incondicional dos interesses dos jovens mirandenses e da comunidade em geral.
A Juventude Socialista de Miranda do Corvo
(Texto publicado no jornal Mirante de Fevereiro de 2009 ao abrigo do Direito de Resposta)
Nenhum comentário:
Postar um comentário