Mário Ruivo
A RECENTE deslocação a Lisboa, e designadamente ao Ministério da Economia, confesso que não me deixou tranquilo da real intenção de ver concretizada as legítimas aspirações das populações servidas pelo Ramal da Lousã. Não por o momento ter servido para abrilhantar o aniversário do Ministro Álvaro Pereira, nem pelas notícias que nos chegaram do momento de confraternização simpática, alargada aos filhos do Ministro, no assistir ao vivo de uma versão alternativa das janeiras.
O QUE me deixou preocupado foi o compromisso intemporal de um ministro, que em julho deste ano não incluiu o projeto da obra Metro Mondego na reformulação do QREN e que quando respondeu a uma pergunta que lhe foi colocada pelos deputados do PS sobre a viabilidade e intenção para avançar com o projeto deu uma resposta ao jeito do “Havemos de ver”.
RAZÃO pela qual não estranhou que, em outubro do ano passado, Álvaro Santos Pereira, numa audição na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas tenha sido perentório a declarar como “perfeitamente inexequível” o projeto Metro Mondego, emitindo a certidão de óbito deste, mas deixando em aberto a recuperação da ligação ferroviária entre Serpins e Coimbra. Bem sei que, por decisão deste Governo, várias foram as ligações ferroviárias encerradas recentemente por critérios meramente financeiros de rentabilidade de exploração e não me esqueço que, no início de novembro do ano passado, um relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas à Metro Mondego mereceu do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas o comentário de que “há empresas que têm de ser extintas, que têm de ser reformuladas. Foi por muitos outros Metros do Mondego que nós hoje estamos na situação em que estamos. Houve má gestão no setor público empresarial e agora estamos a pagar por isso”.
POR TUDO isso, seria razoável que a contrapartida ao esforço e empenho do milhar de defensores daquela ligação que se deslocaram a Lisboa não se ficasse por uma lacónica informação de que o processo iria ser alvo de correções, com redução de custos, que permitam que no futuro seja aprovado e financiado pela Europa, havendo absoluta necessidade de reprogramar a concretização. Lacónica e surpreendente, por simultaneamente o ministro da Economia ter assumido perante a delegação por ele recebida que iria mandar continuar a execução das empreitadas, com colocação de carris e obras complementares! A dedicação e determinação dos que foram a Lisboa, bem como dos autarcas e movimentos, mereciam mais porque esta é uma obra que teve a garantia de rápida execução do ora primeiro ministro e do líder parlamentar Miguel Macedo quando, ainda na oposição, se deslocaram às obras do Metro Mondego, mas já com a noção da dificuldade que o país atravessava.
E É DE Passos Coelho, o único que neste governo temos como certo, que se torna necessário obter a garantia da execução da obra, para que aqueles que continuam a acreditar na ligação ferroviária não sejam surpreendidos com um mero dilatar de prazos, que deve estar concluída em 2014, antes das próximas eleições autárquicas. Continuo a confiar nos autarcas e no empenho dos movimentos cívicos, para que não esmoreçam e que em Abril nos tragam a concretização de um plano de execução de obras em concreto . E se puderem trazer também o compromisso de Miguel Relvas e Passos Coelho seria mais seguro. É que do Álvaro nunca sabemos quando volta a desaparecer…
PS: Quando pensarem em exigir um compromisso do primeiro-ministro, ou de Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, podem contar comigo na deslocação!
O QUE me deixou preocupado foi o compromisso intemporal de um ministro, que em julho deste ano não incluiu o projeto da obra Metro Mondego na reformulação do QREN e que quando respondeu a uma pergunta que lhe foi colocada pelos deputados do PS sobre a viabilidade e intenção para avançar com o projeto deu uma resposta ao jeito do “Havemos de ver”.
RAZÃO pela qual não estranhou que, em outubro do ano passado, Álvaro Santos Pereira, numa audição na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas tenha sido perentório a declarar como “perfeitamente inexequível” o projeto Metro Mondego, emitindo a certidão de óbito deste, mas deixando em aberto a recuperação da ligação ferroviária entre Serpins e Coimbra. Bem sei que, por decisão deste Governo, várias foram as ligações ferroviárias encerradas recentemente por critérios meramente financeiros de rentabilidade de exploração e não me esqueço que, no início de novembro do ano passado, um relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas à Metro Mondego mereceu do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas o comentário de que “há empresas que têm de ser extintas, que têm de ser reformuladas. Foi por muitos outros Metros do Mondego que nós hoje estamos na situação em que estamos. Houve má gestão no setor público empresarial e agora estamos a pagar por isso”.
POR TUDO isso, seria razoável que a contrapartida ao esforço e empenho do milhar de defensores daquela ligação que se deslocaram a Lisboa não se ficasse por uma lacónica informação de que o processo iria ser alvo de correções, com redução de custos, que permitam que no futuro seja aprovado e financiado pela Europa, havendo absoluta necessidade de reprogramar a concretização. Lacónica e surpreendente, por simultaneamente o ministro da Economia ter assumido perante a delegação por ele recebida que iria mandar continuar a execução das empreitadas, com colocação de carris e obras complementares! A dedicação e determinação dos que foram a Lisboa, bem como dos autarcas e movimentos, mereciam mais porque esta é uma obra que teve a garantia de rápida execução do ora primeiro ministro e do líder parlamentar Miguel Macedo quando, ainda na oposição, se deslocaram às obras do Metro Mondego, mas já com a noção da dificuldade que o país atravessava.
E É DE Passos Coelho, o único que neste governo temos como certo, que se torna necessário obter a garantia da execução da obra, para que aqueles que continuam a acreditar na ligação ferroviária não sejam surpreendidos com um mero dilatar de prazos, que deve estar concluída em 2014, antes das próximas eleições autárquicas. Continuo a confiar nos autarcas e no empenho dos movimentos cívicos, para que não esmoreçam e que em Abril nos tragam a concretização de um plano de execução de obras em concreto . E se puderem trazer também o compromisso de Miguel Relvas e Passos Coelho seria mais seguro. É que do Álvaro nunca sabemos quando volta a desaparecer…
PS: Quando pensarem em exigir um compromisso do primeiro-ministro, ou de Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, podem contar comigo na deslocação!
Texto de opinião da autoria de Mário Ruivo, publicado na Revista C de 12/01/2012.
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