O Plano Estratégico de Transportes (PET), recentemente divulgado pelo Governo, reserva uma página para o Metro Mondego e cujo conteúdo deve constituir motivo de grande preocupação para todos nós.
Convém lembrar que o Presidente do PSD e, por enquanto, actual Primeiro-Ministro, veio a Miranda do Corvo prometer e garantir a continuação e conclusão das obras e a rápida colocação em funcionamento dum sistema de transportes de passageiros sobre carris.
A seguir apresenta-se, para informação e reflexão, o excerto do documento do Governo sobre o Metro Mondego:
"PET - Plano Estratégico de Transportes
5.8 METRO DO MONDEGO
O projecto do Metro do Mondego nasceu nos anos 90, com uma estimativa original de investimento de cerca de 55 milhões de euros. Porém, sucessivas alterações ao âmbito do projecto conduziram à sua versão actual, orçada em perto de 450 milhões de euros.
Os estudos de procura que estiveram na base das decisões relativas ao actual projecto, apontavam para uma procura do Metro do Mondego de cerca de 65.000 passageiros por dia útil. Porém, os estudos mais completos e realizados mais recentemente, indicam que aquele valor estará, afinal, sobrestimado.
Por outro lado, pese embora a empresa Metro do Mondego, SA ter uma estrutura accionista constituída pelo Estado Português (53%), as Câmaras Municipais de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã (com um total de 42%), a REFER (2,5%) e a CP (2,5%), o modelo de financiamento previsto para este projecto atribui a responsabilidade pela execução das obras de construção da rede e a responsabilidade pela aquisição do material circulante necessário aos seus accionistas minoritários, respectivamente a REFER e a CP, através, mais uma vez, do recurso ao endividamento bancário, agravando ainda mais as suas já criticas situações financeiras.
Em face destas questões, e sem prejuízo da necessidade de ser assegurada a mobilidade das populações, o Governo irá rever os pressupostos que estiveram na base das decisões relativas a este projecto, adequando o seu âmbito às possibilidades do país decorrentes da actual conjuntura económico-financeira, no quadro de uma definição clara de partilhas de responsabilidades entre os accionistas da sociedade Metro do Mondego, SA."
In “Plano Estratégico de Transportes, Mobilidade Sustentável, Horizonte 2011-2015”
Consulte AQUI o documento na íntegra.
Na linha do previsto no PET foi a resposta do Senhor Ministro da Economia e Emprego ao requerimento formulado pelos deputados do PS, eleitos pelo distrito de Coimbra, Ana Jorge, Mário Ruivo e João Portugal.
Convém lembrar que o Presidente do PSD e, por enquanto, actual Primeiro-Ministro, veio a Miranda do Corvo prometer e garantir a continuação e conclusão das obras e a rápida colocação em funcionamento dum sistema de transportes de passageiros sobre carris.
A seguir apresenta-se, para informação e reflexão, o excerto do documento do Governo sobre o Metro Mondego:
"PET - Plano Estratégico de Transportes
5.8 METRO DO MONDEGO
O projecto do Metro do Mondego nasceu nos anos 90, com uma estimativa original de investimento de cerca de 55 milhões de euros. Porém, sucessivas alterações ao âmbito do projecto conduziram à sua versão actual, orçada em perto de 450 milhões de euros.
Os estudos de procura que estiveram na base das decisões relativas ao actual projecto, apontavam para uma procura do Metro do Mondego de cerca de 65.000 passageiros por dia útil. Porém, os estudos mais completos e realizados mais recentemente, indicam que aquele valor estará, afinal, sobrestimado.
Por outro lado, pese embora a empresa Metro do Mondego, SA ter uma estrutura accionista constituída pelo Estado Português (53%), as Câmaras Municipais de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã (com um total de 42%), a REFER (2,5%) e a CP (2,5%), o modelo de financiamento previsto para este projecto atribui a responsabilidade pela execução das obras de construção da rede e a responsabilidade pela aquisição do material circulante necessário aos seus accionistas minoritários, respectivamente a REFER e a CP, através, mais uma vez, do recurso ao endividamento bancário, agravando ainda mais as suas já criticas situações financeiras.
Em face destas questões, e sem prejuízo da necessidade de ser assegurada a mobilidade das populações, o Governo irá rever os pressupostos que estiveram na base das decisões relativas a este projecto, adequando o seu âmbito às possibilidades do país decorrentes da actual conjuntura económico-financeira, no quadro de uma definição clara de partilhas de responsabilidades entre os accionistas da sociedade Metro do Mondego, SA."
In “Plano Estratégico de Transportes, Mobilidade Sustentável, Horizonte 2011-2015”
Consulte AQUI o documento na íntegra.
Na linha do previsto no PET foi a resposta do Senhor Ministro da Economia e Emprego ao requerimento formulado pelos deputados do PS, eleitos pelo distrito de Coimbra, Ana Jorge, Mário Ruivo e João Portugal.
Em 5 de Agosto de 2011, os deputados de Coimbra, apresentaram requerimento ao Senhor Ministro que continha as seguintes questões:
a) Mantém o Governo a intenção de execução do projecto de mobilidade “Metro Mondego”,
entre Coimbra e Serpins?
b) Em caso afirmativo, qual o valor final da obras e seus meios de financiamento?
c) Durante o período de execução da obra, está garantido o transporte alternativo (rodoviário), para os utentes daquela linha?
Eis os dois pontos da "resposta" do Governo:
«1.Conforme consta do pedido de reformulação do QREN, o financiamento do Metro do Mondego, à semelhança de outros sistemas de metropolitanos ligeiros, poderá ser efectuado através do POVT (Programa Operacional Valorização do Território);
2.O Governo está a recolher informações completas sobre o referido projecto, nomeadamente índices de procura deste serviço, por forma a tomar uma decisão, que em devido tempo será comunicada.»
Mais palavras para quê?
Um comentário:
Como responsáveis primeiros (PS) deste desgraçado projecto de instalar um metro ligeiro numa linha de montanha, a circular entre pinhais, os srs. bem sabem que o tal estudo de viabilidade foi completamente empolado, multiplicando por 6 (seis!) os passageiros do antigo ramal...
Não será tempo de pedirem desculpa aos utentes e contribuirem para a urgente reposição do serviço ferroviário?
Movimento de Defesa do Ramal da Lousã
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