O título é a expressão do Secretário de Estado das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, no lançamento da concessão rodoviária no Pinhal Interior.
Uma das principais estradas a construir é o IC3, em perfil de auto-estrada e numa extensão de 95 quilómetros. A concessão integra ainda outras vias da rede rodoviária nacional, como a construção da EN 342, assim como requalifica outras existentes, fundamentais para melhorar a acessibilidade e a mobilidade da região Centro. Pretende ainda: diminuir o tempo de percurso; diminuir a sinistralidade em cerca de 40%; aproximar o interior do litoral; fixar as pessoas mas também fixar o investimento.
Para Paulo Campos, a nova concessão representa um “investimento social” e a solidariedade do Estado Português para construir “um País mais coeso territorialmente”. Uma obra que, de tão importante, anda a ser apresentada em todas as autarquias, com pompa e circunstância, é certo, mas também com uma eficiência que arruma qualquer crítico. Quase ao mesmo tempo, uns dias antes, era lançado um importante concurso público internacional para o material circulante do Sistema de Mobilidade do Mondego. As obras dos interfaces de Ceira, Miranda do Corvo e Lousã já decorrem, devendo estar terminadas até final do ano, num processo irreversível que, a partir de agora, só pode correr bem e depressa.
O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã, promoveu uma viagem de autocarro para verem o que poderá ser o penoso regresso a casa de centenas de utentes pelo menos, durante dois anos. Já escrevi aqui, tem de haver muito cuidado, tratar muito bem os utentes nesta fase difícil das obras. Eles precisam de chegar a horas, de conforto, de ser tratados com dignidade, é preciso pôr esses interesses acima de quaisquer outros e zelar por eles porque, por enquanto, as estradas para Coimbra não são fáceis. No entanto, a única solução é fazer as obras o mais rapidamente possível para lhes dar as melhores condições. Como diz Ana Paula Vitorino, SET “A alternativa a não fazermos obras era não fazermos nada e continuarmos a deixar degradar o serviço que hoje temos no Ramal da Lousã”. A grande vantagem será proporcionar transportes públicos de elevada qualidade que os fundamentalistas do carro particular se vão sentir obrigados a usá-los.
Sente-se bem no discurso dos autarcas, PS e PSD, a satisfação incontida, a concretização de sonhos para as suas populações. Não escondem o quanto são importantes estes investimentos. Mesmo com as “bocas” dos Velhos do Restelo: para pagar em 60 anos? Onde está o dinheiro para tanto? Penso que ninguém vai parar nem o Metro nem o IC3.
Mas destes dois investimentos o que há a reter? Que a região de Coimbra vai ser beneficiada com um investimento brutal, com uma taxa de execução acima da média nacional. Que finalmente o Governo tem os olhos postos em nós, que finalmente Portugal não é só Lisboa e o resto é paisagem…
Artigo publicado no jornal As Beiras, da autoria da vereadora Socialista Ana Gouveia
10/07/08
Uma das principais estradas a construir é o IC3, em perfil de auto-estrada e numa extensão de 95 quilómetros. A concessão integra ainda outras vias da rede rodoviária nacional, como a construção da EN 342, assim como requalifica outras existentes, fundamentais para melhorar a acessibilidade e a mobilidade da região Centro. Pretende ainda: diminuir o tempo de percurso; diminuir a sinistralidade em cerca de 40%; aproximar o interior do litoral; fixar as pessoas mas também fixar o investimento.
Para Paulo Campos, a nova concessão representa um “investimento social” e a solidariedade do Estado Português para construir “um País mais coeso territorialmente”. Uma obra que, de tão importante, anda a ser apresentada em todas as autarquias, com pompa e circunstância, é certo, mas também com uma eficiência que arruma qualquer crítico. Quase ao mesmo tempo, uns dias antes, era lançado um importante concurso público internacional para o material circulante do Sistema de Mobilidade do Mondego. As obras dos interfaces de Ceira, Miranda do Corvo e Lousã já decorrem, devendo estar terminadas até final do ano, num processo irreversível que, a partir de agora, só pode correr bem e depressa.
O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã, promoveu uma viagem de autocarro para verem o que poderá ser o penoso regresso a casa de centenas de utentes pelo menos, durante dois anos. Já escrevi aqui, tem de haver muito cuidado, tratar muito bem os utentes nesta fase difícil das obras. Eles precisam de chegar a horas, de conforto, de ser tratados com dignidade, é preciso pôr esses interesses acima de quaisquer outros e zelar por eles porque, por enquanto, as estradas para Coimbra não são fáceis. No entanto, a única solução é fazer as obras o mais rapidamente possível para lhes dar as melhores condições. Como diz Ana Paula Vitorino, SET “A alternativa a não fazermos obras era não fazermos nada e continuarmos a deixar degradar o serviço que hoje temos no Ramal da Lousã”. A grande vantagem será proporcionar transportes públicos de elevada qualidade que os fundamentalistas do carro particular se vão sentir obrigados a usá-los.
Sente-se bem no discurso dos autarcas, PS e PSD, a satisfação incontida, a concretização de sonhos para as suas populações. Não escondem o quanto são importantes estes investimentos. Mesmo com as “bocas” dos Velhos do Restelo: para pagar em 60 anos? Onde está o dinheiro para tanto? Penso que ninguém vai parar nem o Metro nem o IC3.
Mas destes dois investimentos o que há a reter? Que a região de Coimbra vai ser beneficiada com um investimento brutal, com uma taxa de execução acima da média nacional. Que finalmente o Governo tem os olhos postos em nós, que finalmente Portugal não é só Lisboa e o resto é paisagem…
Artigo publicado no jornal As Beiras, da autoria da vereadora Socialista Ana Gouveia
10/07/08
Nenhum comentário:
Postar um comentário