Em 1994, quando o Partido Socialista chegou à Câmara Municipal deparou com uma zona industrial clandestina, onde por um lado os industriais clamavam pela regularização dos terrenos onde se encontravam implantadas as suas empresa, e por outro os proprietários dos terrenos invadidos solicitavam o seu pagamento. Era urgente resolver esta situação. Assim, com a colaboração do GAT da Lousã elaborámos o processo do Loteamento Industrial de Miranda do Corvo, contribuindo assim para a constituição de uma Zona Industrial que passaria a crescer de forma ordenada e faseada, possibilitando e incentivando o investimento, a instalação de pequenas e médias empresas industriais e a geração de emprego, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico do Concelho e da região.
Mas para que este processo ficasse concluído tivemos que pagar cerca de 36 parcelas de terrenos ocupados por anteriores gestões do PPD/PSD na então Zona Industrial no valor de cerca de 130.000 €.
Foi assim que foram efectuadas escrituras de terrenos com dezanove empresas, de acordo com o regulamento de apoio ao investidor.
A legalização do Loteamento da Zona Industrial veio permitir ainda instalar novas empresas nos lotes disponíveis como sejam a Tricana, a AB1-Fábrica de Móveis e Carpintaria, Ldª, a Pré-Beira, a construção de uma Oficina de Artes Gráficas, propriedade da ADFP e esperamos que também a Firma Reciclagem de Plásticos das Beiras, cujo lote com a área de cerca de 7990m2 já foi doado à empresa de harmonia com o Regulamento de Apoio ao Investidor, por deliberação por unanimidade da reunião de Câmara de 20 de Dezembro de 1999 e também por deliberação por unanimidade da reunião da Assembleia Municipal de 25 de Fevereiro de 2000. Em relação a esta empresa, inexplicavelmente até hoje a actual maioria PSD/CDS-PP ainda não procedeu à escritura do lote, situação que já poderia estar resolvida desde Janeiro de 2002.
Investimos na Zona Industrial criando novos arruamentos e acessos, insistimos e conseguimos que o ex. ICOR hoje IEP assumisse a construção da ligação da zona industrial à rotunda do Montoiro permitindo uma ligação privilegiada à EN17.1 e à Variante à EN 342.
Mas não ficámos por aqui. Porque definimos o sector secundário como um sector estratégico de desenvolvimento de Miranda do Corvo, ao elaborarmos o Plano de Urbanização preocupámo-nos em dar um tratamento especial às zonas industriais. Daí que o plano de urbanização aprovado por nós em 2001 contemple a ampliação significativa do “loteamento industrial” existente (15 hectares) e a construção de um segundo loteamento industrial na zona da Corga, com 17 hectares, onde será possível instalar mais empresas, logo criar mais empregos. Trata-se de uma localização privilegiada, pois além de ficar ligada ao “loteamento industrial” existente por arruamentos previstos construir, estão previstos excelentes acessos à EN17.1 (ligação ao IC3) e à variante à EN 342 (entrada no nó das Meãs), o que se torna aliciante para a implantação de novas indústrias.
Infelizmente, desde Janeiro de 2002 com a tomada de posse da Presidente Fátima Ramos praticamente nada foi feito pelo sector secundário. Temos assistido a um progressivo desinvestimento na actual zona industrial por parte da gestão camarária do PSD/CDS-PP o que tem levado ao abandono e ao desinteresse dos investidores.
Uma das prioridades apregoadas por Fátima Ramos nas eleições autárquicas de 2001 e 2005 (lembram-se da 7ª prioridade da sua candidatura em 2001 e da 10º em 2005?) era alargar a zona industrial existente e criar a zona industrial de Semide. Prometia criar mais e melhor emprego, mais comércio, mais serviços! Ultrapassados sete anos de mandato da Presidente Fátima Ramos, constatamos que a zona industrial de Semide ainda é uma miragem, a zona industrial de Miranda continua na mesma para pior sendo desesperante assistir ao abandono a que está votada.
É com muita preocupação que verificamos que desde 2001 mais nenhuma empresa se instalou na zona industrial, antes pelo contrário algumas encerraram e outras deslocaram-se para os concelhos vizinhos de Poiares e Penela. No sentido de tentar inverter esta tendência os eleitos do PS na Câmara e na Assembleia Municipal propuseram que não fosse aplicada a taxa de derrama, o que poderia servir de incentivo para atrair e fazer instalar novas empresa e criar novos postos de trabalho. No entanto, por teimosia, a Presidente Fátima Ramos e os eleitos do PSD/CDS-PP na Câmara e na Assembleia Municipal rejeitaram a proposta, votando contra.
Esta e outras tomadas de posição que a Presidente Fátima Ramos e os restantes eleitos do PSD/CDS-PP têm tomado ao longo dos seus dois mandatos demonstram que estão cada vez mais afastados dos anseios da população, não percebendo que a forma como vêm actuando só prejudica o Município e os Mirandenses.
Está na hora de construir a mudança. A população do concelho sabe que o PS tudo fará para a dignificação do nosso Município. Queremos voltar a merecer a confiança dos munícipes. Com o Partido Socialista Miranda do Corvo voltará ao RUMO certo e a pugnar por um futuro cada vez melhor.
Miranda do Corvo, 20 de Outubro de 2008
Mário Ricardo Lopes
Miranda do Corvo, 20 de Outubro de 2008
Mário Ricardo Lopes
Vereador do Partido Socialista
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