quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ZONA INDUSTRIAL DE MIRANDA DO CORVO VOTADA AO ESQUECIMENTO PELA MAIORIA PSD/CDS-PP

Em 1994, quando o Partido Socialista chegou à Câmara Municipal deparou com uma zona industrial clandestina, onde por um lado os industriais clamavam pela regularização dos terrenos onde se encontravam implantadas as suas empresa, e por outro os proprietários dos terrenos invadidos solicitavam o seu pagamento. Era urgente resolver esta situação. Assim, com a colaboração do GAT da Lousã elaborámos o processo do Loteamento Industrial de Miranda do Corvo, contribuindo assim para a constituição de uma Zona Industrial que passaria a crescer de forma ordenada e faseada, possibilitando e incentivando o investimento, a instalação de pequenas e médias empresas industriais e a geração de emprego, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico do Concelho e da região.



Mas para que este processo ficasse concluído tivemos que pagar cerca de 36 parcelas de terrenos ocupados por anteriores gestões do PPD/PSD na então Zona Industrial no valor de cerca de 130.000 €.



Foi assim que foram efectuadas escrituras de terrenos com dezanove empresas, de acordo com o regulamento de apoio ao investidor.



A legalização do Loteamento da Zona Industrial veio permitir ainda instalar novas empresas nos lotes disponíveis como sejam a Tricana, a AB1-Fábrica de Móveis e Carpintaria, Ldª, a Pré-Beira, a construção de uma Oficina de Artes Gráficas, propriedade da ADFP e esperamos que também a Firma Reciclagem de Plásticos das Beiras, cujo lote com a área de cerca de 7990m2 já foi doado à empresa de harmonia com o Regulamento de Apoio ao Investidor, por deliberação por unanimidade da reunião de Câmara de 20 de Dezembro de 1999 e também por deliberação por unanimidade da reunião da Assembleia Municipal de 25 de Fevereiro de 2000. Em relação a esta empresa, inexplicavelmente até hoje a actual maioria PSD/CDS-PP ainda não procedeu à escritura do lote, situação que já poderia estar resolvida desde Janeiro de 2002.



Investimos na Zona Industrial criando novos arruamentos e acessos, insistimos e conseguimos que o ex. ICOR hoje IEP assumisse a construção da ligação da zona industrial à rotunda do Montoiro permitindo uma ligação privilegiada à EN17.1 e à Variante à EN 342.



Mas não ficámos por aqui. Porque definimos o sector secundário como um sector estratégico de desenvolvimento de Miranda do Corvo, ao elaborarmos o Plano de Urbanização preocupámo-nos em dar um tratamento especial às zonas industriais. Daí que o plano de urbanização aprovado por nós em 2001 contemple a ampliação significativa do “loteamento industrial” existente (15 hectares) e a construção de um segundo loteamento industrial na zona da Corga, com 17 hectares, onde será possível instalar mais empresas, logo criar mais empregos. Trata-se de uma localização privilegiada, pois além de ficar ligada ao “loteamento industrial” existente por arruamentos previstos construir, estão previstos excelentes acessos à EN17.1 (ligação ao IC3) e à variante à EN 342 (entrada no nó das Meãs), o que se torna aliciante para a implantação de novas indústrias.



Infelizmente, desde Janeiro de 2002 com a tomada de posse da Presidente Fátima Ramos praticamente nada foi feito pelo sector secundário. Temos assistido a um progressivo desinvestimento na actual zona industrial por parte da gestão camarária do PSD/CDS-PP o que tem levado ao abandono e ao desinteresse dos investidores.



Uma das prioridades apregoadas por Fátima Ramos nas eleições autárquicas de 2001 e 2005 (lembram-se da 7ª prioridade da sua candidatura em 2001 e da 10º em 2005?) era alargar a zona industrial existente e criar a zona industrial de Semide. Prometia criar mais e melhor emprego, mais comércio, mais serviços! Ultrapassados sete anos de mandato da Presidente Fátima Ramos, constatamos que a zona industrial de Semide ainda é uma miragem, a zona industrial de Miranda continua na mesma para pior sendo desesperante assistir ao abandono a que está votada.



É com muita preocupação que verificamos que desde 2001 mais nenhuma empresa se instalou na zona industrial, antes pelo contrário algumas encerraram e outras deslocaram-se para os concelhos vizinhos de Poiares e Penela. No sentido de tentar inverter esta tendência os eleitos do PS na Câmara e na Assembleia Municipal propuseram que não fosse aplicada a taxa de derrama, o que poderia servir de incentivo para atrair e fazer instalar novas empresa e criar novos postos de trabalho. No entanto, por teimosia, a Presidente Fátima Ramos e os eleitos do PSD/CDS-PP na Câmara e na Assembleia Municipal rejeitaram a proposta, votando contra.



Esta e outras tomadas de posição que a Presidente Fátima Ramos e os restantes eleitos do PSD/CDS-PP têm tomado ao longo dos seus dois mandatos demonstram que estão cada vez mais afastados dos anseios da população, não percebendo que a forma como vêm actuando só prejudica o Município e os Mirandenses.



Está na hora de construir a mudança. A população do concelho sabe que o PS tudo fará para a dignificação do nosso Município. Queremos voltar a merecer a confiança dos munícipes. Com o Partido Socialista Miranda do Corvo voltará ao RUMO certo e a pugnar por um futuro cada vez melhor.

Miranda do Corvo, 20 de Outubro de 2008


Mário Ricardo Lopes



Vereador do Partido Socialista

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